quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

175 ANOS DO MANIFESTO COMUNISTA.

Imagem: pcb.org.br
Em 1848, no dia 21 de fevereiro, em meio às revoltas sociais que tomavam conta da Europa, Karl Marx e Friedrich Engels traziam a público uma de suas principais obras: O Manifesto do Partido Comunista. O Manifesto Comunista, como é popularmente referenciado, se tornou uma das principais contribuições no lançamento das bases do socialismo científico, superando, assim, as deficiências e inconsistências do chamado socialismo utópico, que teve em Robert Owen (1771-1858), Charles Fourier (1772-1837) e Saint Simon (1760-1825) seus principais teóricos. O Manifesto Comunista se constituiu numa síntese de uma corrente filosófica, o materialismo histórico, onde é apresentado uma síntese da histórica evolução das forças produtivas e a consequênte transformação das relações sociais de produção! Indo em sentido contrário ao Idealismo, corrente filosófica que teve no filósofo germânico Friedrich Hegel (1770-1830) um de seus principais expoentes, o materialismo histórico dialético asseverava que não era a consciência, a Ideia, O Absoluto, que se refletia e determinava os movimentos na realidade empírica, na base material. Ao contrário, era a partir de sua base material, das relações socialmente estabelecidas entre os homens a partir de suas posições em relação aos meios de produção, que a consciência do ser humano era formada, determinando, assim, sua forma de compreensão da realidade. Na Europa do nascente capitalismo industrial, na qual os mais diversos estamentos sociais eram reduzidos às duas principais classes sociais, a burguesia (dona dos meios de produção) e os proletários (cuja única posse era sua força de trabalho), surgia um espectro que rondava.  

"Um espectro rondava a Europa em 1848, e enquanto houver exploradores e explorados, enquanto houver uma Gisele Bundchen que receba R$10 milhões de reais por algumas horas no camarote da Brahma, em contradição com uma trabalhadora que recebe R$ 200 reais por uma noite inteira de labuta, esse mesmo espectro continuará rondando as sociedades, do mundo e do Brasil: o espectro do comunismo!

E, mais do que nunca, o chamado no final do Manifesto Comunista continua urgente: proletário de todo mundo, uni-vos! Porque nada temos a perder, senão as algemas de nossas mãos! 

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