quarta-feira, 12 de abril de 2023

SERVIDORES MUNICIPAIS TÊM DECISÃO JUDICIAL RECONHECENDO DIREITO AO PCCS

A luta dos trabalhadores e de seu instrumento de luta por excelência, os sindicatos, é eminentemente política. Isso porque as decisões que atingem a vida dos trabalhadores, seja por parte do empresariado, a clássica burguesia, seja as decisões por parte do Estado, o principal comitê da classe burguesa, são decisões que são tomadas tendo como fundamentação a manutenção das relações sociais no nível em que estão. Ou seja, elas objetivam a manutenção dos trabalhadores enquanto classe alijada da propriedade dos meios de produção, e com baixos salários a fim de poderem garantir a manutenção da taxa de lucro. O principal objetivo, assim, é poder postergar uma tendência que está na essência do modelo socioeconômico capitalista: a queda tendencial da taxa de lucro do Capital. O Estado, enquanto principal aparelho de ação para a garantia dos interesses das classes dominantes, tem, enquanto princípio a orientar essas ações, implementar políticas públicas cujo objetivo é viabilizar a manutenção das classes dominantes enquanto tal. Daí as políticas de austeridade financeira, cujo objetivo explicitamente confessado é poder garantir as taxas de transferência dos recursos públicos para o Capital, notadamente da esfera financeira. A luta dos trabalhadores, assim, é eminentemente política! No entanto, é imperioso lançarmos mãos de todos os instrumentos de luta disponíveis, além da clareza sobre quais desses instrumentos se apresentem como os mais adequados no contexto específico! O recurso ao judiciário é um desses instrumentos!

Em 2014 o SIPROSEP, por meio de seu corpo jurídico, entrou com Ação Civil Pública requerendo que a Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes observasse e cumprisse o direito dos servidores municipais à progressão horizontal e promoção vertical, prevista no Plano de Cargos, Carreira e Salário dos servidores. 

Em março deste ano obtivemos decisão judicial favorável, reconhecendo e determinando que a Prefeitura Municipal cumpra com o direito dos servidores municipais à progressão e promoção, conforme o PCCS. Importante ressaltar que os percentuais que em breve teremos acrescidos em nossos salários, decorrentes dos progressões e promoções, ajudarão a aliviar a erosão que os servidores vêm amargando devido aos oito anos sem reajuste salarial!

É vitória dos servidores municipais!        

 

terça-feira, 11 de abril de 2023

Fazendeiros certificam terras do tamanho de Vitória dentro de áreas indígenas em 2023.

 

Imagem: apública.

Por: 

Bruno Fonseca, Rafael Oliveira
 


 

Trinta fazendas foram certificadas dentro de terras indígenas no Brasil nos primeiros três meses deste ano. O número, resultado de um levantamento inédito feito pela Agência Pública, revela que essas propriedades privadas ocupam cerca de 9 mil hectares de áreas indígenas — aproximadamente o tamanho do município de Vitória, capital do Espírito Santo.

A certificação é o nome dado para o registro dessas terras junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), do Governo Federal. Ela é feita digitalmente no Sistema de Gestão Fundiária (Sigef) desde 2013. Certificar uma terra no sistema é uma etapa para se registrar um imóvel rural nos cartórios, para conseguir financiamento rural, dar entrada em licenciamento ambiental ou desmembrar e lotear a área.

A maior parte das fazendas cadastradas dentro de terras indígenas está no Mato Grosso do Sul. Os povos mais afetados são os Terena e os Guarani e Kaiowá, que ainda esperam a homologação de parte de suas terras pelo Governo Federal.

Foi o governo de Jair Bolsonaro que liberou a certificação de fazendas dentro de terras indígenas ainda não homologadas. Isso ocorreu por meio da Instrução Normativa nº 9, de abril de 2020, publicada pela Funai (que na época tinha o nome de Fundação Nacional do Índio). A revogação imediata da instrução foi recomendada pelo Grupo Técnico de Povos Indígenas no relatório apresentado ao gabinete de transição de Lula, no final de 2022, mas ainda não ocorreu.

O processo de demarcar terras indígenas funciona como uma espécie de escada: a homologação — que cabe ao presidente —  é o penúltimo degrau; depois dele, só é preciso obter o registro definitivo. As terras não homologadas são aquelas que ainda não chegaram nesses dois últimos degraus e podem estar em diferentes lances da escada: como em estudo, identificadas ou declaradas. Ao permitir a certificação de fazendas nessas áreas, Bolsonaro ignorou a existência dessas etapas, tirando a proteção que essas terras tinham contra invasores, grileiros etc. Em todo o seu governo, o ex-presidente tampouco  homologou algum território.

No fim de janeiro de 2023, a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, assinou um ofício determinando a revogação da medida da Funai de Bolsonaro, segundo revelou reportagem da Folha de S. Paulo. No mesmo dia, contatada pela Pública, a assessoria do ministério confirmou a determinação, mas explicou que a revogação dependia da própria Funai, que deveria “assinar nos próximos dias”. Passados mais de dois meses, a Funai, comandada por Joenia Wapichana, ainda não publicou a revogação — o que permite que fazendas continuem sendo cadastradas em cima dessas terras.

A Pública questionou a Funai do porquê a instrução não ter sido derrubada, se há prazo para a revogação e se as certificações feitas ao longo dos últimos anos serão revistas. O órgão não respondeu à reportagem até a publicação.

 

Terras Indígenas no Mato Grosso do Sul são as mais afetadas por fazendas

Das 30 fazendas que conseguiram a certificação no Incra em cima de áreas indígenas, 13 estão no Mato Grosso do Sul. Elas ocupam juntas uma área de 7,8 mil hectares e passam por seis terras indígenas que ainda esperam a homologação.

A terra Dourados-Amambaipeguá I, onde vivem os povos Guarani e Kaiowá, é a mais afetada, com 2,7 mil hectares tomados por registros de fazendas. A área tem um histórico sangrento de conflitos: em 2016, foi palco de um ataque de fazendeiros e pistoleiros que ficou conhecido como o Massacre de Caarapó, quando o agente de saúde indígena Clodiodi Aquileu, de 23 anos, foi assassinado. Outros seis indígenas, inclusive uma criança, foram atingidos por disparos e ficaram gravemente feridos. Muitos carregam os projéteis alojados em seus corpos até hoje. O ataque foi uma resposta dos fazendeiros a uma retomada de fazenda na área reivindicada pelos indígenas.

Segundo a Pública apurou, a fazenda Jaguari é a que mais tem áreas dentro da terra Dourados-Amambaipeguá, ocupando mais de 1,5 mil hectares (o equivalente a dez vezes a área do Parque Ibirapuera em São Paulo). De acordo com os registros do Incra, ela foi submetida ao sistema federal em 2021 — depois de a Funai de Bolsonaro retirar a proteção às terras indígenas. Após diversos pedidos de retificação e desmembramento da terra, a fazenda foi finalmente certificada no segundo dia de janeiro deste ano.

Um dos sobreviventes do Massacre de Caarapó, Simão Kaiowá relata que dezenas de fazendeiros seguem ocupando a região. “São pequenos produtores que vivem pressionando a cabeça dos parentes para arrendar as terras. E aí os parentes que não são da luta acabam aceitando. Das nove retomadas, só três não têm arrendamento”, explica.

Coordenador da Aty Guasu, a assembleia Geral do povo Kaiowá e Guarani, e membro da coordenação da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Simão tem negociado em Brasília o avanço da demarcação de várias terras indígenas no entorno de Dourados, região que coleciona casos de violência contra os povos tradicionais. A Dourados-Amambaipeguá I encontra-se na fase de resposta às contestações apresentadas à Funai, processo que ele espera que seja finalizado nos próximos meses.

Além do Mato Grosso do Sul, a reportagem encontrou fazendas que foram certificadas em terras indígenas em 2023 nos estados do Paraná, Minas Gerais, Santa Catarina, Pará e Rio Grande do Sul.
 

 

Grupo agropecuário de SP certificou fazendas em área reivindicada por indígenas no Mato Grosso

Cercada pelas plantações de soja do município de Brasnorte, no noroeste de Mato Grosso, a Terra Indígena Menku foi tomada por fazendas desde que a Funai de Bolsonaro liberou o registro de imóveis privados. Em 2020, a Pública mostrou que havia 142 fazendas dentro da área disputada pelos Myky, que cobriam quase toda a terra indígena.

No fim do governo Bolsonaro, a terra indígena perdeu ainda mais proteção: em novembro do ano passado, o então ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, desaprovou a identificação da terra, que havia sido encaminhada pela Funai. A decisão não tem precedentes, já que o habitual no ministério sempre foi aprovar a identificação, tornando a terra “declarada”, ou encaminhá-la de volta para a Funai para que novas diligências fossem feitas. Com o ato de Torres, feito sob a justificativa de “decadência da possibilidade” de revisar a primeira demarcação, o processo teria que recomeçar do zero. Na prática, a canetada de Torres excluiu a terra dos Myky do mapa – na analogia do processo demarcatório, ela foi derrubada da escada.

A decisão de Torres é apontada como “uma vitória para os fazendeiros” pela liderança indígena Tupy Myky. “De 2020 pra cá, a gente tem sofrido pressão, preconceito, [questionamentos] contra a ampliação da terra. Pros fazendeiros voltou tudo ao normal, hoje eles podem pegar empréstimos do banco, fazer aumento de lavoura, melhoramento ou desmatamento de área ou plano de manejo”, afirma. Os Myky estão pedindo audiência com o atual ministro da Justiça, Flávio Dino, para reverter a decisão. O Conselho Indigenista Missionário (Cimi), que assessora o povo indígena no processo, entrou com recurso contra a decisão e espera que ela seja revertida.

Após a canetada, ainda mais fazendas foram certificadas na área neste ano, já durante o governo Lula. A Pública apurou que sete imóveis foram certificados apenas nos três primeiros meses de 2023. Juntos, eles cobrem 12,5 mil hectares, cerca de 9% da área que os indígenas tentam demarcar.

Três fazendas são as principais a ocupar a terra dos Myky: Chapadão, Santa Lúcia e Siqueira. Juntas, elas têm 11,7 mil hectares registrados dentro da área indígena. A Pública descobriu que todas elas passaram para o nome da Siqueira Empreendimentos e Participações em 2023 no sistema do Incra.

A firma, que tem capital social na Receita de mais de R$ 233 milhões, é uma gestora de grandes empresas agropecuárias. No grupo, está a Cantagalo General Grains, que produz commodities como soja e milho. A Siqueira Empreendimentos e Participações está registrada em São Paulo, em uma área nobre de escritórios próximo ao bairro da Vila Olímpia.

A reportagem procurou a empresa por telefone e e-mails de contato do grupo, que ainda não respondeu.

Parte da terra Menku já está homologada desde 1987, mas o processo foi questionado pelo povo Myky, que aguarda há anos um reestudo que pode adicionar mais 146 mil hectares ao território, atualmente de 47 mil hectares — é nessa área que estão as fazendas certificadas em 2023.


Medida da Funai de Bolsonaro foi celebrada por ruralistas e criticada por indígenas

À época de sua publicação, em abril de 2020, a Instrução Normativa nº 9 foi celebrada pelo então presidente da Funai, Marcelo Xavier, e pelo ruralista Nabhan Garcia, que era secretário especial de Assuntos Fundiários do governo. A norma foi publicada na mesma semana em que o então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles (hoje deputado federal pelo PL-SP), falou em aproveitar a pandemia para “passar a boiada”.

A partir da instrução, fazendas puderam ser certificadas e registradas em cima de terras indígenas não homologadas no Sistema de Gestão Fundiária (Sigef) federal. A certificação e o registro de terras é um passo importante para fazendeiros conseguirem financiamento rural, dar entrada em licenciamento ambiental ou desmembrar e lotear a área, já que o registro atesta que a fazenda não incide em território indígena.

Além do grupo de trabalho de povos indígenas do Gabinete de Transição, a revogação da norma vem sendo defendida desde a sua publicação por organizações como a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), a Indigenistas Associados (INA), o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), o Instituto Socioambiental (ISA) e o Instituto Tanaloa.

Duas reportagens da Pública já investigaram os efeitos das certificações autorizadas pela instrução da Funai em diferentes terras indígenas ao redor do país.

Em maio de 2020, revelamos que o governo Bolsonaro havia certificado 42 fazendas de maneira irregular, antes mesmo da publicação da normativa. Depois que a instrução passou a valer, houve um boom: em menos de 30 dias, foram 72 novas. Ao todo, as fazendas certificadas até aquele momento ocupavam 250 mil hectares de 12 terras indígenas, habitadas por dez etnias. Os territórios mais afetados estavam no Maranhão.

À época, lideranças indígenas ouvidas pela reportagem apontavam que a medida iria provocar um aumento nos conflitos no campo. A previsão se confirmou nos anos seguintes, segundo os relatórios “Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil” de 2020 e 2021, publicados pelo Cimi, que registraram aumentos nos casos de violência patrimonial, de invasões e de violências contra indígenas.

Em julho do ano passado, nova reportagem da Pública revelou que 239 mil hectares de 415 fazendas estavam certificados dentro de terras indígenas — o equivalente a duas vezes o município do Rio de Janeiro. Algumas delas incidiam 100% dentro de áreas indígenas. O estado mais afetado — com 138 mil hectares de fazendas — seguia sendo o Maranhão.

Logo após a publicação da instrução da Funai, membros do Ministério Público Federal (MPF) em várias partes do país começaram a se mobilizar contra a medida. Até a publicação da reportagem no ano passado, 29 ações judiciais em 15 estados haviam sido movidas. Entre sentenças e decisões liminares, a medida havia sido derrubada em 13 estados. A despeito disso, inúmeras certificações feitas com base na instrução continuavam válidas.

Ouvido pela Pública em julho de 2022, o procurador da República Ricardo Pael, o primeiro a mover uma ação civil pública para derrubar a normativa, falou sobre os efeitos da medida. “Houve um acréscimo significativo das invasões às terras indígenas, e esse foi um dano mais palpável e mais imediato aos povos indígenas. Acabou sendo um grande incentivo para invasões e para o aumento da exploração ilegal, tanto madeireira quanto garimpeira”, apontou.


Prestes a completar 100 dias, governo Lula ainda não derrubou algumas medidas de Bolsonaro

A instrução que liberou a certificação de fazendas nas terras indígenas não é a única medida bolsonarista que segue de pé no governo Lula, contrariando a recomendação de revogação imediata feita pelo grupo de trabalho dos povos indígenas.

No mês passado, reportagem de O Joio e o Trigo mostrou que a Instrução Normativa Conjunta nº 1, editada em fevereiro de 2021 por Funai e Ibama, continua válida. A norma permite a exploração agropecuária dentro de terras indígenas em parceria com não indígenas. A manutenção da normativa foi criticada por organizações como a Apib e a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) em notas. O governo federal se comprometeu nesta semana a revogar a medida.

Também seguem vigentes o Decreto 10.965/2022, que criou o licenciamento automático do aproveitamento minerário — e que incide em terras indígenas — e o Parecer 001/2017, da Advocacia-Geral da União (AGU) no governo Michel Temer (MDB), que acolheu a tese do marco temporal. O parecer atualmente está suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF), aguardando o julgamento do caso do marco temporal, previsto para acontecer nos próximos meses.

Outra recomendação prioritária do grupo de trabalho ao Governo de Transição, a homologação de 13 terras indígenas nos primeiros 30 dias de governo também não ocorreu até o momento. Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, a ministra Sonia Guajajara falou que as homologações seriam assinadas “nos 100 primeiros dias”. A data que marca os 100 dias é a próxima segunda-feira, dia 10 de abril.

Por outro lado, o governo Lula revogou em janeiro a Instrução Normativa Conjunta nº 12, de outubro de 2022 pela Funai e pelo Ibama, que regulamentava a exploração de madeira em terras indígenas. Também foi revogado o Decreto 10.966/2022, que instituia o Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Mineração Artesanal e em Pequena Escala e a Comissão Interministerial para o Desenvolvimento da Mineração Artesanal e em Pequena Escala. Na época, o decreto foi questionado por parlamentares e apontado como uma medida para favorecer garimpeiros na Amazônia Legal. Na primeira semana de abril, a Funai também revogou uma resolução que definia “critérios de heteroidentificação” para avaliar a autodeclaração de identidade dos povos indígenas.

domingo, 26 de março de 2023

SKANK FAZ SEU ÚLTIMO SHOW NESTE DOMINGO, 26.

Foto: folha.uol.com.br

O Skank faz seu último show neste domingo (26). A banda mineira se despedirá dos palcos com a finalização de sua última turnê no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, MG. O Skank surgiu no início dos anos 1990, com seu primeiro disco lançado em 1993, com uma proposta de proporcionar uma roupagem brasileira  ao rock and roll. Neste sábado (25), vários fans club foram relembrar a trajetória do grupo onde tudo começou: o Bolão, bar em Belo Horizonte onde a banda tocava. Em entrevista ao UOL (LEIA AQUI) o vocalista, Samuel Rosa, explica que a decisão de parar teve como um de seus objetivos poder proteger o legado do grupo, que após uma trajetória criativa de cerca de 20 anos, entre 1994 (com o lançamento de "Te Ver") e 2014 (com o lançamento de "Esquecimento), a última década foi marcada pelo lançamento de somente um álbum de músicas inéditas: "Velocia", há 9 anos. E avalia: "o fracasso às vezes está em continuar!"

Sentiremos saudades dos shows do Skank, mas, pelo menos, ainda poderemos continuar curtindo sucessos como: "Vou Deixar", "Garota Nacional" e "Saideira"!

Vale a pena poder registrar esse momento histórico que será o show de despedida do Skank!

quarta-feira, 8 de março de 2023

PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO SE MOBILIZAM POR REIVINDICAÇÃO DE PAUTAS DA CATEGORIA.

Profissionais de educação se mobilizaram hoje para encaminhar e discutir as pautas da categoria com representantes do governo municipal. Na semana passada, uma reunião intermediada pelo vereador Maicon Cruz, presidente da Comissão de Educação da Câmara de Vereadores, com o  Secretário de Administração, Wainer Teixeira, foi informado sobre que, em relação à reivindicação de proporcionalidade do salário dos professores I, foi colocado pelo governo que o processo já passou pelos estudos de impacto financeiro, aguardando somente a conclusão final. 

Hoje, uma deliberação da categoria decidiu por uma manifestação na frente da Câmara de Vereadores, marcada para as 15 horas. Em razão da mobilização, vereadores da base do governo, vereador Álvaro Oliveira (líder do governo na Câmara), Juninho Virgílio e Cabo Alonsimar (presidente da comissão de trabalho da Câmara) entrou em contato com representantes da categoria, a fim de buscar se informar da pauta e, também, propor uma intermediação no sentido de buscar uma solução. Uma comissão formada por profissionais de educação, além de representantes do sindicato da categoria, se reuniu no dia de hoje pela manhã, a fim de estabelecer o debate sobre as reivindicações, tendo ficado acordado que estes vereadores entraria em contato com os secretários municipais de Administração, de Controle e Orçamento, de Educação, bem como o Procurador Geral do Município, solicitando audiência, a ocorrer na próxima semana, juntamente com a comissão formada pelos representantes da categoria, com objetivo de obter-se a solução para as reivindicações, notadamente a proporcionalidade do salário dos professores I.

 


 

A pauta, no entanto, é extensa e inclui especificidades das mais diversas categorias dentre os profissionais de educação: cumprimento das progressões horizontais e, principalmente, das promoções verticais (por formação acadêmica), isonomia dos salários dos profissionais administrativos de nível médio da educação, em relação ao de outras categorias de mesmo nível de escolaridade de outras secretarias, cumprimento da meta 17 do Plano Nacional de Educação. 

À tarde, conforme deliberado pela categoria, um ato marcou a sessão da Câmara de Vereadores. Acompanhando a sessão plenária, os profissionais de educação estenderam cartazes cobrando a solução das reivindicações. 

 


 

Pode-se dizer, assim, que após mais de dois anos de impedimento de mobilização em decorrência das questões sanitárias, a categoria de profissionais de educação a reinicia, hoje, no objetivo de cobrar e reivindicar seus direitos,  em um período de indiscutível retrocesso social dos trabalhadores, em um período de espraiamento dos valores neoliberais no território e instituições brasileiras.           

domingo, 5 de março de 2023

SIPROSEP E COMISSÃO DE AGENTES OPERACIONAIS DE SAÚDE LEVAM PAUTA DE REIVINDICAÇÕES AO GOVERNO.

Na última sexta-feira (03) uma comissão formada por servidores municipais do cargo Agentes Operacionais de Saúde, da Fundação Municipal de Saúde, e SIPROSEP, participou de reunião com a Secretaria Municipal de Administração e Recursos Humanos. Representando o SIPROSEP estiveram os diretores Vanderson Gama,  Genevaldo Marins e Edson Marins, bem como do departamento jurídico de SIPROSEP, representado pelo Dr. Fabrício Rangel. Tendo também a participação dos servidores Maurício Fernandes(HGG), Fred Ferreira(HFM), Leandro Caldas (HFM), Francielle Batista(HSJ) e Cláudia Paes(HSJ). A reunião teve por objetivo levar à Secretaria de Administração as reivindicações da categoria, principalmente no que concerne à adequada estruturação do cargo de Agente Operacional de Saúde. Uma das problemáticas colocadas pela comissão é no que diz respeito ao fato da nomenclatura do cargo não possuir cadastro no Cadastro Brasileiro de Ocupações (CBO), nem, em razão disso, enquadramento no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), o que acaba acarretando inconsistências por ocasião do registro dos profissionais lotados nas unidades de saúde municipais. Uma solução apresentada é a mudança da nomenclatura do cargo para Agente Administrativo, uma vez que se enquadra nas atribuições e natureza dos serviços efetivamente desempenhados por esses servidores. O cargo de Agente Administrativo, que possuía mesmo nível de escolaridade e atribuições dos atuais Agentes Operacionais de Saúde, foi extinto dos quadros da Fundação Municipal de Saúde. 

 


 

Além da adequada estruturação do cargo, foi também reivindicado a necessidade de estruturação da carreira dessa categoria, uma vez que esta não possui a estruturação em níveis, no plano de cargos, carreira e salários, conforme está disposta para as demais categorias, o que acaba por inviabilizar a promoção por formação, o que, ao final, resulta em desestímulo ao constante aprimoramento, requalificação e continuidade de formação dessa categoria de servidores. 

Ficou acordado, ao final, da comissão elaborar um documento oficial e técnico com as reivindicações, no qual será apresentada os caminhos sugeridos para a adequada resolução, que será encaminhado dentre alguns dias à Secretaria Municipal de Administração e Recursos Humanos.           

sábado, 4 de março de 2023

REVITALIZAÇÃO DO CAIS DA LAPA: A DUALIDADE ENTRE O PLANEJAMENTO HOLÍSTICO E A SIMPLES GESTÃO.

Imagem: campos.rj.gov.br
O governo municipal, através do prefeito Wladimir Garotinho, anunciou no mês passado a revitalização do cais da Lapa. Conformo o anúncio, ocorrido no dia 14 passado e divulgado do site da prefeitura, o espaço será palco de grandes eventos culturais, objetivando, segundo o anuncio, a promoção ao turismo. O projeto de revitalização do cais da Lapa, logicamente, possui relevância, sobretudo no que diz respeito a um aspecto mais amplo, que é a revitalização do centro histórico da cidade de Campos dos Goytacazes. Importante ressaltar, já de antemão, que um projeto de revitalização do centro histórico da cidade deve ter por princípio a sua promoção enquanto espaço da vivência, da viabilização à cultura, e não meramente espaço de negócios, na linha dos projetos atualmente em moda, de uma cidade pensada exclusivamente enquanto espaço de negócios. A vida urbana, a cidade, tem que ser pensada e projetada eminentemente enquanto espaços de promoção à cidadania. Não uma cidade cujo foco seja, em primeiro lugar, o negócio e o lucro. Dentro dessa perspectiva, é claro que um planejamento de revitalização do cais da Lapa deve, sim, incluir projetos que foquem na promoção à criação de oportunidades de renda, mas com vistas à viabilização de uma cidade mais justa no que diz respeito à distribuição de renda. Deve focar, portanto, na promoção ao desenvolvimento socioeconômico em sentido pleno! 

Há alguns anos estive na cidade de Juazeiro, no estado da Bahia, às margens do rio São Francisco, o famoso velho Chico. A orla do rio, durante a noite, é um espaço de lazer e gastronomia, onde é possível sentar e ficar observando o velho rio Chico e, na outra margem, a cidade de Petrolina, já no estado de Pernambuco. Um projeto que, certamente, há muito que já podíamos ter pensado aqui para as margens do nosso, igualmente velho, rio Paraíba do Sul. Um rio cheio de estórias, como todo campista que se preze conhece, como a lenda do Ururau da Lapa. Um projeto de revitalização do cais da Lapa, assim, pode potencializar a divulgação da cultura local com seus mitos e tradições. 

No entanto, importante ressaltar a necessidade, até mesmo urgência, de um planejamento que vá além de projetos pontuais e localizados no espaço urbano. É necessário planejamento que foque no desenvolvimento socioeconômico de toda a extensão do município. Que foque na promoção a um melhor aproveitamento das terras com potencial agrícola, com vistas à ampliação da produção agrícola. Nesse sentido, é fundamental projetos que foquem na distribuição de terras, em reforma agrária. Dos pouco mais de 4 mil quilômetros quadrados de extensão territorial que o município de Campos dos Goytacazes possui, a maior parte são de terras inutilizadas. Uma produção agrícola com base na pequena propriedade rural é fundamental enquanto meio de ampliação dessa produção, potencializando a ampliação da oferta de alimentos naturais. Viabiliza, da mesma forma, a criação e distribuição de renda, o que contribui para o desenvolvimento de toda a economia municipal, contribuindo, assim, para a ampliação da arrecadação de impostos municipais, e a consequente capacidade de investimento do poder público municipal, sobretudo na melhoria e ampliação da oferta de serviços públicos.

Enfim, é fundamental que o governo municipal construa um planejamento de longo prazo, conforme é a própria ideia de planejamento, em contraposição à ideia tão em voga de gestão, cujo conceito é, eminentemente, de curto prazo.         

quinta-feira, 2 de março de 2023

COMISSÃO DE PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO DEBATE PAUTAS COM GOVERNO MUNICIPAL.

Comissão de profissionais de educação composta por mim (representando o SIPROSEP), bem como os professores Alcenir Bueno, Sandro Fabiano de Paula, Júlio César e Cassiano, estivemos em reunião com o Secretário de Administração e Recursos Humanos, professor Wainer Teixeira, e o Presidente da Comissão de Educação da Câmara de Vereadores, Vereador Maicon Cruzz. Diversas pautas e demandas dos profissionais de educação foram abordadas. Em relação à proporcionalidade dos professores I, foi informado pelo Secretário Wainer Teixeira que esse assunto já passou pela fase instrutiva, bem como pelos estudos de impacto financeiro, aguardando somente a conclusão final. Em relação ao novo piso nacional do magistério, foi informado que se encontra em análise pela prefeitura. Debatemos também a necessidade de adequação do salário dos demais profissionais do magistério de nível superior, como pedagogos.

 


 

Da mesma forma, debatemos a equiparação dos salários dos profissionais administrativos de nível médio da educação aos demais profissionais de nível médio da prefeitura, de modo a haver uma simetria entre cargos de nível médio e respectivos salários.

Seguimos na luta pelos direitos de todos os servidores profissionais de educação de Campos dos Goytacazes!

OS DESAFIOS PARA A ESQUERDA.

 

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