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Mostrando postagens de setembro, 2019

RAFAEL DINIZ E SEUS DISCURSOS: UM FALSO SOFISMA!

Em Leviatã ou Matéria, Forma e Poder de um Estado Eclesiástico e Civil, livro escrito em 1651, o filósofo britânico Thomas Hobbes de Malmesbury discute o surgimento do Estado, caracterizado como a mais perfeita obra de arte do homem. Para Hobbes, o Estado é o resultado de um contrato celebrado entre os homens, levados pela necessidade de garantir sua alto preservação, uma vez que, no estado de natureza, período anterior à vida em sociedade, ou sob o Estado, a força individual é o limite para todas as garantias e propriedades, inclusive da vida. O homem é o lobo do homem! Levados pelo direito supremo de busca de preservação da vida, num dado momento histórico os indivíduos optam por cederem, em conjunto, parte de sua liberdade irrestrita a tudo, em favor de um Soberano, cuja função suprema é garantir a sobrevivência, a preservação da vida, de todos. Logo no capítulo I, da Sensação, Hobbes questiona o ensinamento nas Universidades de então, e afirma: "Não digo isso para critica...

DÍVIDA PÚBLICA, CRISE PREVIDENCIÁRIA E DESEMPREGO: UMA LEITURA MACROECONÔMICA A PARTIR DOS INTERESSES TRABALHISTAS.

    Fenômenos sociais são contingentes. Isso quer dizer que a resposta aos problemas sociais possuem possibilidades diversas. As decisões tomadas pela sociedade, no entanto, dar-se-ão segundo os interesses dos grupos sociais hegemônicos! No período histórico atual, a produção do discurso sobre a realidade passou a ser no sentido de impedir formas alternativas de interpretação sobre os fenômenos sociais que ocorrem no seio das sociedades humanas, cujo objetivo é conduzir a soluções segundo os interesses de grupos sociais específicos, hegemônicos, em geral ligados ao setor financeiro da economia.      Ontem foi publicada uma matéria, no Portal G1, informando o tamanho de nossa dívida pública, que já ultrapassa os R$ 4 trilhões de reais, sendo que R$ 3,993 trilhões são decorrentes unicamente da dívida pública interna! Segundo os porta vozes do mercado financeiro, esse crescimento se dá em função da necessidade do governo federal em emitir títulos da dívida púb...

DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA: A LEITURA A PARTIR DOS INTERESSES DOMINANTES.

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        A dívida pública brasileira apresentou alta de 2%, ultrapassando R$ 4 trilhões em agosto desse ano, decorrente da emissão de títulos públicos e pagamentos de juros. A notícia foi divulgada pelo portal G1 neste dia 26/09/2019. Desse total, R$ 3,993 trilhões são decorrentes da dívida interna, aquela em que o contrata é feito em moeda nacional, ou seja, os pagamentos e recebimentos são feitos em Real. No entanto, conforme a mesma matéria, 12,14% do total da dívida interna são devidos a estrangeiros, o que equivale a um valor de R$ 474 bilhões. Ou seja, 12,14% dessa chamada dívida interna, que já é um problema enorme para o controle orçamentário do país, dado o seu volume exorbitante, em algum momento se tornará dívida externa, quando da ocasião do retorno dos lucros ao "investidor" estrangeiro. Como detentores dos títulos da dívida pública interna, aparecem em primeiro lugar os fundos de investimento (R$ 1,062 trilhão, 27,15%), seguidos dos fundos de previd...

A MORTE DE ÁGATHA: MAIS UMA VÍTIMA DE UMA ESCOLHA!

    As relações sociais não seguem conforme o princípio da necessidade, em que algo inexoravelmente ocorre ou é de uma determinada forma. No plano da natureza, por exemplo, quando as condições ideais de temperatura, pressão atmosférica e umidade estão presentes, ocorre, necessariamente, precipitação pluviométrica, chuva!      Relações sociais, no entanto, ocorrem, ou se dão, segundo o principio da contingência, em que determinado fenômeno ocorre de uma forma, mas pode, também, ocorrer de várias outras formas. Ou seja, os acontecimentos na sociedade não seguem segundo uma lei natural, ou desígnio divino, conduzindo de forma determinista as relações humanas, mas são fruto de escolhas humanas, em geral do grupo ou classe social com predomínio em uma determinada sociedade. As técnicas, por exemplo, que ao mesmo tempo em que tornam a vida mais amena e permitem um convívio mais seguro frente aos fenômenos naturais, causam desemprego. Elas não são um acontecimento ...