terça-feira, 7 de abril de 2020

OS IMPACTOS DA NOVA DIVISÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO NO COMBATE AOS EFEITOS DA COVID-19.


A crise provocada pela Pandemia da Covid-19 trouxe à toma a irresponsabilidade e os perigos da subordinação da produção material dos Estados nacionais aos ditames das grandes corporações transnacionais. A nova Divisão Internacional do Trabalho, organizada com o objetivo de ampliar o aumento das taxas de lucro, resultou na concentração de praticamente toda a produção industrial mundial na China. A China se tornou a indústria do mundo! Basta vc pegar qualquer bugiganga pra ver a inscrição: made in China. E foi o tempo em que a nova Potência do continente asiático fabricava somente quinquilharias! Na atualidade, segundo dados, cerca de 90% da produção mundial de Equipamentos de Produção Individual (EPIs) é feita na nação chinesa. Da mesma forma, 20% dos respiradores pulmonares são made in China!
Enquanto essa insensatez não era confrontada com a necessidade objetiva dos vários países, ou, até que as demandas nacionais desses equipamentos esteve dentro de taxas normais, foi perfeitamente possível que prevalecesse a lógica da organização dessa produção com vistas ao atendimento de taxas mais vantajosas de lucro. A pandemia da Covid-19 desmontou essa lógica, instalando-se uma verdadeira guerra de pirataria. Hoje, a obtenção desses equipamentos virou um verdadeiro leilão, compra quem paga mais caro, e mediante condições nada operacionais!
E onde entra o Brasil nisso tudo?
No Brasil, há anos que a inserção na Divisão Internacional do Trabalho vem reduzindo o país à condição de mero exportador de produtos primários, com a desnacionalização e desmonte grave da capacidade industrial do país!
Agora a conta dessa irresponsabilidade está chegando, pra todo o mundo!
Conforme Milton Santos, precisamos de uma outra globalização!
Vanderson Gama.
Geógrafo.

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

PREFEITO DE CAMPOS, RAFAEL DINIZ, É VAIADO PELA POPULAÇÃO EM INAUGURAÇÃO DE SHOPPING.


CHUVAS EM CAMPOS PROVOCAM QUEDA DE PONTE DE ACESSO À LOCALIDADE DE RIO PRETO.

Imagem: prefeitura de Campos
   As fortes chuvas que caem no Norte Fluminense há duas semanas ocasionaram o desabamento da ponte que dá acesso à localidade de Rio Preto (região serrana de Campos dos Goytacazes), na estrada por Itereré, em decorrência da elevação dos rios da região. As localidades de Rio Preto, Lagoa de Cima e Ururaí têm sido umas das mais atingidas pelas elevadas chuvas. 

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

VÍDEO NO WHATSAPP MOSTRA VAZAMENTO DE CHUVA NO INTERIOR DO HOSPITAL SÃO JOSÉ, INAUGURADO HÁ POUCOS MESES.


DEFESA CIVIL INTERDITA O HGG.

A defesa Civil interditou nesta quarta-feira, dia 20, os setores de Clínica Médica, Laboratório, quarto dos médicos da UTI, Pediatria, Sala de Cirurgias, além dos corredores do Hospital Geral de Guarus (HGG), devido ao risco de desabamento. A medida foi tomada após as fortes chuvas que caem em Campos dos Goytacazes. Pacientes internados foram transferidos para outras unidades de saúde do município. O estado de degradação do HGG é o resultado de anos de sucateamento e negligência, desde o governo da prefeita Rosinha Garotinho, e do atual governo Rafael Diniz, que intensificou o estado de abandono daquela Unidade hospitalar. Já há meses que o teto de PVC do corredor principal vem se deteriorando e caindo, devido à falta de manutenção. O desabamento desse mesmo teto se intensificou, há meses atrás, em função do deslocamento de vento devido ao pouso de um helicóptero do Corpo de Bombeiros, para a remoção de paciente, quando uma lona foi colocada como medida paliativa! 
Numa sequência de eventos calamitosos, vídeos circularam no rede Whatsapp mostrando a ocorrência de vazamento de chuva no interior do Hospital São José, em Goytacazes, inaugurado há pouco tempo pelo governo Rafael Diniz!
A interdição do Hospital Geral de Guarus, e o estado do Hospital São José, em que pese sua recente inauguração, é mais um capítulo na crise pela qual passa a Saúde no município de Campos dos Goytacazes, sob a administração do governo Rafael Diniz. É o reflexo, de igual forma, de um governo despreparado e sem competência!
Lamentável!       

terça-feira, 1 de outubro de 2019

O RISCO DE DEMISSÃO NOS CORREIOS: O PROBLEMA DA FALTA DE CONSCIÊNCIA DE CLASSE.

    Em O Manifesto Comunista, Karl Marx e Friedrich Engels apresentam os fundamentos do método de investigação do campo das ciências sociais conhecido por Materialismo Histórico Dialético. Um dos princípios chave de seu método investigativo, ou forma de abordagem na construção do conhecimento sobre os fenômenos sociais, é a ideia segundo a qual as relações sociais, sobretudo as que ocorrem na produção da vida material, não são decorrentes de fenômenos ocorridos no plano do extra material, de correspondência da Ideia ou da vontade do Absoluto, da divindade, mas o resultado da evolução das forças produtivas, entendidas como a conjugação dos meios de produção, a base material da produção social, e o homem. Como reflexo da evolução das relações sociais de produção, a partir de um dado momento histórico, os meios de produção se tornam propriedade privada de uma parcela diminuta dos membros da sociedade, de uma classe social, o que vai ocasionar reflexos na forma de divisão dos resultados do trabalho social, gerando assimetria na posse da riqueza material. As relações sociais capitalistas de produção, ou o Capitalismo, são o resultado da evolução das forças produtivas, tendo simplificado as relações sociais, e as classes sociais. Logo do início, o Manifesto Comunista registra: "A história de todas as sociedades até agora tem sido a história das lutas de classe". Sendo constituída, inicialmente, por diversas classes sociais, o modelo Capitalista simplifica as relações sociais sob duas classes antagônicas: a burguesia, dona dos meios de produção, e o proletariado, cuja única mercadoria de que dispõe para negociar é sua própria força de trabalho!
    As relações sociais de produção, sobretudo a propriedade privada dos meios de produção, com os reflexos na forma de distribuição desigual do resultado do trabalho, por meio da figura do lucro (lucro é o resultado do trabalho não pago, e apropriado pelos detentores dos meios de produção), leva ao surgimento do Estado, instituição cuja função é garantir a propriedade privada dos meios de produção, e a posse desigual da riqueza material por parte de uma parcela reduzida da sociedade, da burguesia. Conforme o texto do Manifesto do Partido Comunista, o Estado é um comitê destinado a gerir os interesses da burguesia!
    Tendo suas condições materiais de vida empobrecida pela distribuição desigual dos resultados do trabalho, cuja legalidade se dá por meio da legislação estatal, às classes desprivilegiadas, os proletários, só resta se organizarem, num primeiro momento, para tomar os aparelhos de Estado, de modo a obter poder na correlação de forças. 
    A movimentação da classe trabalhadora, os proletários, no sentido da tomado do poder estatal só terá condições de se desenvolver com a tomada de consciência dos seus interesses enquanto classe, de sua condição diametralmente oposta em relação aos donos dos meios de produção, ou Capital. Daí o papel da ideologia, cuja função é produzir uma leitura enviesada da realidade, segundo os interesses da classe burguesa. A ideologia burguesa se instala na religião, na legislação, na Cultura, se constituindo numa superestrutura destinada a atuar sobre a consciência da sociedade como um todo, e dos trabalhadores em particular, de modo a viabilizar a reprodução da estrutura social. Como resultado, por meio da Cultura, da superestrutura, os trabalhadores acabam por adotar a leitura da realidade segundo a concepção burguesa, tendo como consequência a falta da tomada de consciência, e, por extensão, da movimentação no sentido da tomada do poder do Estado!
    Durante as eleições passadas, grande parte da classe trabalhadora tomou partido num projeto de sociedade, e de Estado, manifestamente contrária a seus interesses, influenciada unicamente por preconceitos elaborados por setores conservadores. A sociedade embarcou num projeto no escuro, construído, de fato, sob o discurso vazio do candidato que agora é presidente. Bolsonaro não participou de debate, não apresentou plano de governo! Mas mesmo assim a sociedade, e os trabalhadores, embarcou! Dentre os trabalhadores que saltaram no escuro, estão o pessoal das estatais, e grande número dos servidores públicos da administração direta. Foram, como diz o ditado, buscar lã, e voltaram tosquiados!
    Um vídeo dos funcionários dos correios circulou na internet, em apoio entusiasmado ao então candidato Jair Bolsonaro. Logo, no entanto, depois de tomar posse, o governo Bolsonaro tomou medidas completamente contrarias aos interesses, não só dos correios, como também dos trabalhadores em sua totalidade! Os correios, cuja parte dos funcionários embarcaram na onda, foi posto no programa de privatização, com ameaça de demissão de grande parte dos seus 105 mil funcionários, conforme matéria publicada no portal G1! De acordo com a mesma matéria, a redução de funcionários nas estatais já passa de 10%, com o número de demissões podendo chegar a 25 mil só neste ano. São trabalhadores que, por não ter alicerçada uma consciência de classe, contribuíram para o seu próprio pesar.
    É o que dá não saber seu lugar na sociedade, no Estado e na História!         

OS DESAFIOS PARA A ESQUERDA.

 

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