A pesquisa revela que, entre as capitais, dez apresentaram 
crescimento de SRAG: Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Boa Vista (RR), 
Florianópolis (SC), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Palmas (TO), Porto 
Velho (RO),  Rio Branco (AC) e Teresina (PI). Os números são referentes à
 Semana Epidemiológica 24, no período de 11 a 17 de junho. A análise tem
 como base dados que foram inseridos no Sistema de Informação de 
Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), até o dia 19 de junho.
De acordo com o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, 
alguns estados até já apontam uma possível interrupção nessa tendência 
de crescimento do número de novos casos semanais, mais ainda mantendo um
 patamar extremamente elevado, ou seja, ainda não iniciaram a queda no 
número de novos casos.
“A gente ainda tem um número muito expressivo, a gente ainda tem 
muitas crianças que estão internadas, então ainda vai levar um tempo 
para desafogar os nossos leitos hospitalares, por isso é extremamente 
importante manter os cuidados mínimos para diminuir essas infecções", 
observa.
O pesquisador acrescenta que as baixas temperaturas favorecem as 
infecções respiratórias nesse período do ano: “É importante mantermos os
 cuidados de ventilação adequada e uso de boas máscaras por parte das 
pessoas que estão apresentando sintomas gripais e não possuem condições 
de fazer o repouso recomendado”, avalia.
O vírus sincicial respiratório foi responsável por 40,3% dos casos de
 SRAG no país. O SARS-CoV-2, que causa a covid-19, respondeu por 22,8% 
das ocorrências. Na sequência, com 17,5%, o vírus da Influenza A, e 6,6%
 o vírus da Influenza B.
Uma portaria do Ministério da Saúde estabelece incentivo financeiro 
para auxiliar estados e municípios que declararem emergência em saúde 
por Síndrome Respiratória Aguda Grave. O valor destinado, de caráter 
excepcional e temporário, é voltado à abertura de leitos de Unidades de 
Terapia Intensiva (UTI) pediátricas. Estados, municípios e o Distrito 
Federal precisam enviar um ofício detalhando a condição dos serviços de 
saúde da região, capacidade instalada e o número de leitos a serem 
ampliados ou convertidos, para fazer uso do recurso. Também será 
necessária a apresentação de um Plano de Ação de Enfrentamento à SRAG 
Pediátrica, com período de até 90 dias, para que haja planejamento em 
número de leitos, em diárias, equipamentos, insumos e procedimentos. 
Tratamento
O médico infectologista Hemerson Luz explica que a síndrome 
respiratória aguda grave é caracterizada por sintomas como febre de 
início súbito, dor de cabeça, tosse, coriza, dificuldade de respirar, 
sensação de peso no peito e uma queda na oxigenação no sangue. Ele 
explica que as crianças ainda podem apresentar falta de ar, menor 
apetite, irritabilidade ou uma queda no estado geral.
O especialista alerta para medidas que podem evitar o aumento no 
número de casos. “A melhor forma de prevenir a síndrome respiratória 
aguda grave é manter o sistema vacinal completo, principalmente contra a
 infuenza e contra a covid-19. Além disso, sempre que ocorrerem sintomas
 gripais como nariz escorrendo, dor de garganta, tosse, febre, dor de 
cabeça, deve-se procurar atendimento médico imediatamente”, ressalta.
 
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