“É necessário ofertar oxigênio para os pacientes para melhorar os
padrões respiratórios, fazer uso de medicamentos para diminuir o
processo inflamatório pulmonar e, se a causa for bacteriana, fazer uso
do antibiótico. Também existem drogas que podem tratar alguns tipos de
vírus. Por isso é importante fazer o acompanhamento médico e fazer o
devido diagnóstico”, ressalta.
Os estados e municípios que apresentarem um número alto de
notificações e internações hospitalares por SRAG, seja em leitos de UTI
ou de enfermaria — e decretarem situação de emergência — podem receber
incentivo financeiro de custeio voltado à abertura de leitos de Unidades
de Terapia Intensiva (UTI) pediátricas. A medida, de caráter
excepcional e temporária, foi anunciada na Portaria 756/2023 do Ministério da Saúde.
Para receber o incentivo é necessário enviar um ofício detalhando a
condição dos serviços de saúde da região, capacidade instalada e o
número de leitos a serem ampliados ou convertidos. Também será
indispensável a apresentação de um Plano de Ação de Enfrentamento à SRAG
Pediátrica, com período de até 90 dias, para que haja planejamento em
número de leitos, em diárias, equipamentos, insumos e procedimentos.
Segundo o médico infectologista, o número de notificações e
internações hospitalares por SRAG ainda é muito alto. Para o
especialista, é importante que todas as regiões consigam oferecer
atendimento e tratamento adequado, principalmente para as crianças.
“Até aproximadamente 12 anos de idade, as crianças apresentam o
sistema imunológico imaturo, ainda em formação, por isso tendem a
apresentar quadros mais graves ou mesmo apresentar infecções
respiratórias recorrentes”, revela. Ele acrescenta que o número de
internações hospitalares acaba aumentando porque as baixas temperaturas
favorecem as infecções respiratórias nesse período do ano.
Os estados que fazem parte da região da Amazônia Legal terão o
equivalente a R$ 2,6 mil por dia, valores de referência de cálculo de
incentivo para leitos de UTI pediátrica. Os demais estados terão direito
a R$ 2 mil. Para leitos de suporte ventilatório pulmonar pediátrico, os
valores-base serão de R$ 650 para estados da Amazônia Legal e de R$ 500
ao restante.
Síndrome Respiratória Aguda Grave
A síndrome respiratória aguda grave é caracterizada por sintomas como
febre de início súbito, dor de cabeça, tosse, coriza, dificuldade de
respirar, sensação de peso no peito e uma queda na oxigenação no sangue,
segundo o médico infectologista Hemerson Luz. Ele alerta que o quadro
pode ser ainda mais grave nas crianças que podem apresentar também falta
de ar, menor apetite, irritabilidade ou uma queda no estado geral. O
especialista diz que algumas medidas podem evitar o aumento no número de
casos. “A melhor forma de prevenir a síndrome respiratória aguda grave é
manter o sistema vacinal completo, principalmente contra a influenza e
contra a covid-19. Além disso, sempre que ocorrerem sintomas gripais
como nariz escorrendo, dor de garganta, tosse, febre, dor de cabeça,
deve-se procurar atendimento médico imediatamente”, alerta.
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