Afinal,o crime compensa? A resposta não é simples, porque a pergunta
está mal formulada. A pergunta correta é para quem que o crime compensa
ou não? Nesses últimos dias, vimos decisões do Judiciário brasileiro que
deixam claro que para uma parcela ínfima de fidalgos, o crime compensa
de lavada. Para essa parcela, o crime é um artifício que não se cogita,
sequer, não lançar mão. A verdade é que Eike Batista, José Dirceu,
Adriana Ancelmo e alguns outros integram o seleto grupo sobre
o qual o geógrafo Milton Santos afirmara que não almejam direitos. Eles
querem privilégios! No Brasil da casa grande e senzala de outrora, as
estruturas estamentais foram redesenhadas mas permanecem intactas. Uma
estrutura que começou a ser construída quando os senhores de engenho,
cientes das mudanças em curso em um país que deixava de ser pensado a
partir das representações simbólicas do campo, mandaram seus filhos para
estudarem nas Universidades de Coimbra ou Lisboa, passando a compor
nossas cortes judiciárias, bem como os demais postos chaves em uma
sociedade e economia que se tornavam predominantemente urbana. No Brasil
da atualidade, nossa cidadania se assemelha à da antiguidade clássica,
grego-romana: Escravos não entram, mulheres não entram, podres não
entram.
sexta-feira, 5 de maio de 2017
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