terça-feira, 2 de setembro de 2025
terça-feira, 5 de agosto de 2025
PMs DE SÃO PAULO DENUNCIAM COOPTAÇÃO RELIGIOSA
Cabo do 1º Batalhão da Polícia Militar em Santo Amaro, na zona sul de São Paulo, o PM Marco Aurélio Bellorio trabalhou uma noite inteira, das 18h30 às 7h. Ele conta que, de manhã, foi convocado por seu comandante para participar de uma reunião no templo da Igreja Universal do Reino de Deus, na avenida João Dias, no mesmo bairro. Bellorio, que é católico, se recusou.
Foi punido e respondeu a um procedimento disciplinar interno. Indignado, o PM entrou com ação na Vara do Juizado Especial de Taboão da Serra, na Grande São Paulo, e pediu indenização por dano moral por ter sido obrigado a participar de reuniões no templo evangélico.
Ele alegava que houve abuso de poder e sua liberdade de crença não fora respeitada. A justiça negou o pedido em junho do ano passado, e acatou a justificativa do governo paulista de que a Igreja Universal apenas estaria cedendo o seu templo para a realização de reuniões e esses encontros não fariam referência a qualquer religião específica. O PM recorreu, mas sem sucesso.
A recusa de Marco Bellorio de comparecer ao templo da Universal ocorreu em janeiro de 2020. Agora, cinco anos depois, o processo disciplinar contra ele foi reaberto depois da derrota que ele teve na justiça. O PM, que continua na ativa, foi comunicado no início de julho.
“O superior, quando quis me punir, perguntou quem eu achava que era. Eu falei que sou um cidadão, um funcionário público. E não sou obrigado a ficar ouvindo pastor. Eu vivo num estado democrático de direito. Apesar de ser militar, e ter de cumprir ordens, não quero ouvir. Aí, ele ficou me medindo”, contou Bellorio ao Intercept Brasil.
O PM, de 44 anos, formado em Direito e em licenciatura em Educação Física e História, foi transferido para o trabalho na área administrativa. Ele diz ter sofrido “perseguição interna velada” por meio de várias transferências, mudanças de horários e ameaças de superiores por causa de suas posições.
Em consequência, conta que teve problemas de saúde mental, desgaste emocional e crises de ansiedade e depressão. No momento, faz tratamento psiquiátrico, mas diz que a PM não admite os seus problemas de saúde.
Outros PMs vivem problemas parecidos na corporação. “Eu sou ateu e me recusei a participar dessas reuniões com pastores porque eu não concordo com isso”, me disse o soldado Marcelo, que trabalha em um batalhão da PM na capital paulista.
“Quando os pastores chegam lá no batalhão de manhã, eu saio. Vão sempre lá fazer um café da manhã. E, às vezes, tem reunião no templo. Mas eu não vou. Sei que não sou bem visto pelos meus superiores por isso. Tem colega que me chama de vermelho, de comunista, embora eu não fique manifestando minhas posições políticas. Todos sabem, porém, que eu sou ateu e de esquerda”, afirma Marcelo. “Eles levam uns livrinhos de religião lá, mas ninguém pega. Os policiais dizem que não serve pra nada isso, mas vão para não criar problema. Eu não vou porque não sou da religião e não quero”, completa.
Bellorio e Marcelo são dois dos PMs de São Paulo que ousaram desafiar a obrigatoriedade imposta por comandantes da Polícia Militar para que seus subordinados compareçam às reuniões em templos da Igreja Universal do Reino de Deus, liderada pelo bispo Edir Macedo. Esses encontros têm se tornado cada vez mais frequentes e já se espalham atualmente por todo o país.
O Intercept já denunciou a doutrinação de policiais por pastores da Universal em reportagem de maio de 2023. Soldados e cabos de batalhões inteiros da Polícia Militar, fardados e usando carros de suas corporações – muitas vezes em horário de serviço e outras em horários de folga – passam horas no interior de templos da Universal ouvindo pregação de pastores. Em geral, os encontros duram em torno de quatro a seis horas. Ao final, há uma oração e depois um discurso do comandante do batalhão.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo diz que a Polícia Militar e a Polícia Civil fazem “parcerias pontuais” para “utilização de espaços”, sem qualquer tipo de convênio formal com entidades religiosas. “Essas iniciativas são esporádicas, não envolvem nenhum custo ao erário ou vínculo ideológico, político ou religioso”, afirmou a secretaria, em nota.
“As forças policiais de São Paulo são instituições de estado que atuam em plena conformidade com a Constituição Federal e com a legislação estadual, respeitando integralmente a liberdade de crença e a diversidade religiosa dos milhares de profissionais que integram seus quadros”, argumenta.
O governo e a Secretaria de Segurança não responderam às perguntas do Intercept sobre os casos citados na reportagem. Também não explicaram se esses encontros poderiam ser realizados em espaços cedidos eventualmente por uma religião de matriz africana, caso alguma delas oferecessem.
“No meu batalhão, vi uma vez um colega que era da umbanda fazer um ritual dele no quartel, uma oferenda, e ser chamado para dar explicação ao comandante. Ele respondeu que se o pastor podia ir lá orar, ele também podia fazer a sua manifestação”, contou o PM Marcelo.
Em 2023, mapeamos mais de 70 encontros organizados pela igreja de Edir Macedo, por meio do projeto Universal nas Forças Policiais, o UFP, criado em 2018.
Os eventos iam de pregação para as tropas fardadas nos templos a cafés da manhã, orações, bênçãos e participações de pastores em eventos de PMs, bombeiros, agentes da Polícia Federal, do Exército e da Aeronáutica em 24 estados do país, além do comparecimento de religiosos em solenidades de troca de comando com a cúpula das instituições.
Por meio da Lei de Acesso à Informação, as secretarias de segurança e as polícias envolvidas nos eventos foram questionadas sobre o efetivo empregado, o que era feito nestes encontros e a existência de convênios e contratos com a Universal. Nem todos responderam – mas todos os retornos indicaram que as parcerias são feitas sem acordo formal, com respostas contraditórias sobre o conteúdo oferecido nessas reuniões.
De 2023 a 2025, o número de encontros desse tipo aumentou. Em fevereiro, 2,5 mil policiais militares de São Paulo estiveram em reunião na sede da Igreja Universal no bairro do Brás, região central de São Paulo, para escolher suas vagas de trabalho no início do ano e conhecer os locais nos quais foram classificados para atuar nas unidades militares na capital paulista e no interior. O encontro durou 12 horas, das 7h às 19h.
O pastor capelão Roni Negreiros, responsável pelo projeto UFP, falou sobre a necessidade de os policiais “renovarem a mente e equilibrar a emoção e a razão no seu dia a dia”.
Citando a referência bíblica Romanos, capítulo 12, versículo dois, o pastor afirmou: “E não vos conformeis com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.
Inquérito para apurar doutrinação está em andamento no DF
O promotor Flávio Milhomem, da 3ª Promotoria da Justiça Militar do Distrito Federal, pediu, em fevereiro do ano passado, uma investigação sobre denúncia de que policiais militares estariam sendo obrigados a participar de um evento de formatura na sede da Universal na Asa Sul.
O promotor solicitou, inclusive, o afastamento do tenente-coronel Rodrigo da Silva Abadio, que teria imposto a obrigação de comparecimento a cabos e soldados. Foi aberto um inquérito na Polícia Militar do DF, que ainda está em andamento, informou o Ministério Público do Distrito Federal.
Em São Paulo, o deputado estadual Paulo Reis, do PT, encaminhou logo após a denúncia do Intercept representações ao Ministério Público Federal e ao Ministério Público de São Paulo pedindo a apuração e providências sobre o deslocamento de PMs, em horário de serviço, aos templos da igreja. O Ministério Público Federal alegou que a competência para a apuração era da esfera estadual.
O MP de São Paulo arquivou o pedido ao não ver “irregularidade vislumbrada”, conforme informou ao deputado. Considerou também “suficiente” a justificativa da Polícia Militar paulista de que a Universal apenas cede o local para as reuniões com policiais “sem nenhuma vinculação com a prática religiosa”, como avaliou o procurador Saad Mazloum, do Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo, ao contrário do que dizem os policiais e ex-policiais.
Ex-PM e policial civil licenciado, o deputado Reis diz que a Universal, que já driblou a lei para contratar policiais militares como seguranças, está sendo beneficiada com essa decisão do governo de realizar eventos da polícia em seus templos.
“O estado é laico. Então, que o governo, ao menos, fizesse uma licitação, uma concorrência pública. E a igreja que ganhasse o certame, ficaria encarregada de cuidar dos policiais militares. É uma ironia, claro, mas o governo não tem de estar atrás de igrejas para poder fazer suas reuniões. O estado tem os seus estabelecimentos e equipamentos próprios”, observa o deputado.
O ex-PM Leandro Prior, que integrou os quadros da Polícia Militar de São Paulo entre 2014 e 2021, é mais um crítico dos encontros religiosos em quartéis. Segundo ele, sempre houve nessas reuniões orações e menções bíblicas.
“Isso não é de hoje e vem se aprimorando, cada vez é mais forte e se espalha pelo país. Os praças (policiais) não gostam, nunca gostaram. A igreja tenta passar a ideia de que é um culto ecumênico, como se todas as religiões fossem contempladas, mas não é nada disso. Ali, há uma captação da tropa”, critica Prior, atualmente coordenador da Setorial de Segurança Pública do Diretório Estadual do PT em São Paulo.
Prior, que diz ter pedido exoneração da PM ao alegar perseguição em razão de suas posições políticas e por ser homossexual, diz que a Universal consegue cooptar apenas alguns soldados, “muitos que têm problemas de depressão e ansiedade e estão perdidos, e chegam até a usar psicotrópicos e ter tendências suicidas, como os próprios comandantes têm conhecimento”.
Para o cientista político Guaracy Mingardi, doutor pela USP e ex-investigador de polícia, é errado a PM obrigar ou instigar policiais a comparecer a reuniões em templos religiosos. “Qualquer indivíduo, militar ou não, tem o direito de seguir a religião que quiser, mas o policial não pode frequentar cultos ou missas fardado e de forma organizada, enquanto corporação. Se ele quiser ir, é problema dele. Mas ser obrigado a ir, pressionado, é completamente errado. Está totalmente fora de qualquer legislação, mesmo a militar. Ninguém é obrigado a ter uma religião específica”.
“Quando um comando de companhia obriga o policial a ir, ele tem de ser processado. Não temos uma religião obrigatória no país. A ideia da Constituição foi exatamente essa”, diz. “O servidor público tem de estar aberto para qualquer coisa, pois a população tem várias crenças diferentes”.
Número de capelães da Universal nas polícias é quase o mesmo de padres católicos no Brasil inteiro, segundo pastor
O projeto Universal nas Forças Policiais diz ter como objetivo a prestação de “assistência espiritual, social e de valorização humana aos integrantes das forças de segurança pública, Forças Armadas e seus familiares”, segundo Roni Negreiros, que é pastor e também major da Polícia Militar do Maranhão. Ele foi capelão militar no estado por 18 anos. A função de um capelão é dar apoio espiritual a militares em quartéis.
Negreiros afirma que a Universal conta hoje com 20 mil capelães no país. Para ter uma ideia da força, esse é quase o mesmo número de padres da Igreja Católica inteira no país – 22 mil, além de 500 bispos, segundo a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, a CNBB, entidade máxima dos católicos no Brasil. Ainda predominantes no país, os católicos representam 56,7% da população, enquanto os evangélicos somam 26,9%, segundo o último censo do IBGE.
A CNBB diz não saber quantos capelães católicos estão atualmente em atividade no país. Para citar um exemplo, as Forças Armadas no Brasil contam com 162 padres e 67 pastores atuando como capelães militares, de acordo com a Força Aérea Brasileira.
As ações da Universal desenvolvidas principalmente com as polícias militares foram ampliadas também para outras corporações, como a Polícia Civil, Polícia Federal, guardas metropolitanas, Exército e Aeronáutica em todo o país.
Com essas outras forças de segurança, foram privilegiadas as visitas às sedes das corporações, cafés da manhã, participações em solenidades e trocas de comando e convites para policiais visitarem o Templo de Salomão, o monumental centro religioso construído pela Universal no Brás, em São Paulo.
Agora, a estratégia pode estar se ampliando para outras denominações evangélicas, como a Assembleia de Deus do ministério Madureira.
Foi depois de uma reunião no templo dessa igreja no bairro de Jardim Alvorada, em Itapecerica da Serra, na grande São Paulo, que um soldado da Polícia Militar de São Paulo morreu no dia 28 de maio.
Ronaldo Venâncio da Silva, de 33 anos, sofreu um acidente de moto na rodovia Régis Bittencourt quando retornava para casa depois de trabalhar das 19h30 do dia anterior até às 7h30 do dia seguinte. Em seguida, ele teria sido obrigado a comparecer ao encontro na igreja.
Ficou 18 horas à disposição da PM e, cansado e sem dormir, acabou sofrendo o acidente, denunciaram colegas. A Polícia Militar disse, em sua nota, “lamentar profundamente o ocorrido” e informou que uma sindicância aberta para apurar os fatos está em andamento.
Procurada, a Convenção Nacional das Assembleias de Deus Madureira não respondeu se, de fato, tem feito parcerias com instituições militares, como a Universal. A Igreja Universal também não respondeu às perguntas enviadas.
Fonte: Intercept Brasil
BOLSONARO TEM PRISÃO DECRETADA POR GRAVAR VÍDEO EM APOIO A MANIFESTAÇÕES.
Não há exagero na palavra. Reincidência. Bolsonaro infringiu, mais uma vez, as regras impostas pelo Supremo Tribunal Federal, o STF – e o fez de maneira deliberada, cínica, quase desafiadora. Mesmo proibido de usar redes sociais, quis seguir protagonista da cena política virtual por meio dos perfis de seus filhos.
Em uma operação que mistura desobediência calculada e esperteza de adolescente, Bolsonaro achou que poderia burlar o Judiciário se não fosse ele, com os próprios dedos, a apertar “publicar”.
Mas a decisão do ministro Alexandre de Moraes não se resume a um tecnicismo sobre contas em redes sociais. O despacho é direto ao qualificar a gravidade do que foi feito: o conteúdo veiculado por Bolsonaro, através dos filhos, tinha “claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao STF e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro”.
Em outras palavras, o ex-presidente voltou a flertar com a sabotagem institucional e tentou internacionalizar sua cruzada autoritária, justamente num momento em que os Estados Unidos impuseram sanções contra Moraes.
Não há como dissociar a prisão domiciliar decretada nesta segunda dos episódios anteriores: o 8 de Janeiro, os decretos de golpe, as reuniões golpistas no Alvorada, as joias sauditas contrabandeadas, os ataques sistemáticos à urna eletrônica, o escárnio diante das mortes na pandemia. Tudo isso é parte de um mesmo projeto de poder que continua em curso – mesmo depois da derrota eleitoral.
Desde que foi proibido de usar redes sociais, Bolsonaro não se calou. Apenas trocou de boca. Passou a usar as vozes dos filhos, das deputadas da tropa de choque, dos pastores aliados, dos youtubers ressentidos. Moraes entendeu o truque e decidiu que, se não é possível impedir Bolsonaro de falar, é preciso impedir Bolsonaro de conspirar.
Que fique claro: o sistema de justiça brasileiro não é infalível. A Vaza Jato, publicada pelo Intercept Brasil, mostra que ele já foi capturado por interesses políticos, manipulado por procuradores midiáticos, instrumentalizado por setores da elite.
Mas Bolsonaro tem uma habilidade rara: ele testa o limite até que não haja alternativa a não ser puni-lo. E faz isso com um misto de arrogância e tática de vitimização. Sabe que, quanto mais punido for, mais mártir será.
A prisão domiciliar de hoje é, portanto, o resultado lógico da escolha de um homem que decidiu não respeitar as regras do jogo democrático – nem mesmo as impostas por sua própria condição de investigado.
A pergunta que se impõe, diante disso, não é se Moraes exagerou. É a seguinte: o que mais seria necessário para que uma prisão fosse decretada? Até quando o Estado de Direito precisaria ser rasgado antes que o Judiciário respondesse? Bolsonaro pediu. Moraes só atendeu.
Fonte: Intercept Brasil
sábado, 14 de junho de 2025
IRÃ VOLTA A REVIDAR OS ATAQUES DE ISRAEL.
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Imagem: Brasil de Fato. |
O Irã voltou a bombardear o território de Israel agora a noite, deixado três mortos. Até agora já são onze mortos. Socorristas estão, neste momento, em busca de vítimas nos escombros. Os ataques iranianos são respostas devidos aos ataques de Israel contra o Irã na última sexta-feira, que resultou na morte de civis, cientistas e militares iranianos. Israel segue aumentando as tensões no Oriente Médio, e há avaliação de que os objetivos dos ataques israelenses buscam ofuscar as negociações nucleares entre o Irã e os EUA. No entanto, é importante lembrar que Benjamin Netanyahu enfrenta dificuldades para se manter no poder em Israel, havendo avaliações por parte de observadores internacionais de que a escalada nas tensões no Oriente Médio facilitariam nas reduções das dificuldades políticas para Netanyahu em Israel.
Há relatos de que Benjamin Netanyahu teria fugido para a Grécia.
sexta-feira, 13 de junho de 2025
MAIO DE 2025 FOI O SEGUNDO MAIS QUENTE JÁ REGISTRADO PARA O MUNDO.
A temperatura
A temperatura da superfície global de maio de 2025 foi de 1,10oC (1,98oF) maior do que a média do século XX. Este foi o segundo maio mais quente desde que os registros da NOAA começaram em 1850 (176 anos). Apenas maio de 2024 foi mais quente, com uma temperatura 0,08oC (0,14oF) maior que 2025. A temperatura da superfície global de maio de 2025 foi de 0,10oC (0,18o F) maior do que em 2020, que atualmente detém o terceiro mais quente maio já registrado. Maio de 2020 marcou notavelmente a primeira vez que uma temperatura de maio atingiu 1,0oC (1,8o F) acima da média do século 20. Os dez Mays mais quentes já registrados ocorreram desde 2014. Em maio de 2025 também marcou o 49o maio consecutivo com temperaturas globais acima da média.
A temperatura global da superfície terrestre para maio de 2025 também foi a segunda mais alta no recorde de 176 anos, com uma temperatura de 1,61oC (2,90o F) maior do que a média do século XX. Maio de 2024 foi o mais quente já registrado, com uma temperatura de 1,63oC (2,93oF) acima da média. A temperatura global da superfície de maio foi de 0,88oC (1,58oC) maior que a média – também a segunda mais alta para maio no recorde de 176 anos. Apenas maio 2024 foi mais quente (+0,98oC / +1,76oF).
A Oscilação El Ni'o-Sul (ENSO), um fenômeno climático que pode afetar os padrões climáticos globais e influenciar as temperaturas globais, persistiu em uma fase neutra (o que significa que nem o El Nino nem o La Nina estavam presentes) durante maio de 2025. De acordo com o Centro de Previsão Climática da NOAA, o ENSO-neutro provavelmente continuará durante o verão do Hemisfério Norte (inverno do Hemisfério Sul).
As temperaturas de maio foram muito mais quentes do que a média em grande parte do globo, em particular na maioria das áreas oceânicas e partes de todos os continentes. As temperaturas foram mais notáveis no norte da América do Norte, nas partes central e sul da América do Sul, nas Ilhas Britânicas e no oceano circundante, no norte e sudoeste da Ásia, e em grande parte da Antártida e da região ártica, onde as partidas de temperatura eram de + 1,5oC / 2,7oC ou mais. Apesar do calor incomum em grande parte do globo, as temperaturas recordes foram limitadas a partes da região do Ártico, as Ilhas Britânicas e o oceano circundante, o sudoeste da Ásia, em partes do oeste do Oceano Indico, no Oceano Pacífico ocidental e em uma pequena área no México. No geral, aproximadamente 7% das superfícies do mundo tinham uma temperatura recorde de maio. Esta porcentagem é a segunda mais alta já registrada para maio, após o recorde de 15% estabelecido em maio de 2024.
Temperaturas mais frias do que a média de maio foram observadas em toda a índia, partes do norte do Oceano Atlântico, leste e sudeste do Oceano Pacífico, centro e leste da Antártida e leste da Antártida. Como mostrado no mapa dos percentis, não havia áreas terrestres ou oceânicas com temperaturas recordes em maio.
Regionalmente, a América do Sul e a Ásia tiveram seu terceiro mês mais quente já registrado. Enquanto o Ártico teve seu quarto mais quente, a América do Norte e a África tiveram seu sexto e empatado em maio mais quente, respectivamente. A Europa, a Oceania e a região antártica tiveram um maio mais quente do que a média; no entanto, sua temperatura de maio não se classificou entre os 10 maios mais quentes já registrados. Outras regiões com calor significativo em maio incluíram as regiões do Caribe e do Havaí, que registraram seu quinto e sétimo mais quentes maios já registrados, respectivamente. Por favor, note que ambas as regiões incluem as ilhas e o seu oceano circundante.
Na atmosfera, as anomalias de pressão de altura de 500 milisbaro se correlacionam bem com as temperaturas na superfície da Terra. A posição média das cristas de nível superior de alta pressão e calhas de baixa pressão - retratada por anomalias de altura positiva e negativa de 500 milibares no mapa – é geralmente refletida por áreas de positivo e anomalias de temperatura negativa na superfície, respectivamente.
Temperatura sazonal: Março-Maio 2025
Globalmente, a temperatura da superfície de março-maio de 2025 foi de 1,22oC (2,20oF) maior do que a média do século XX e foi a segunda mais quente já registrada (de 176 anos). Esse valor foi apenas 0,05oC (0,09oF) mais frio do que o recorde estabelecido apenas no ano anterior (2024). Os dez períodos mais quentes de março a maio ocorreram desde 2015.
A temperatura da superfície terrestre global durante março-maiou foi a mais alta já registrada, com uma temperatura de 1,96oC (3,53oF) maior que a média. Este valor ultrapassou o recorde anterior estabelecido em 2016 por 0,04oC (0,07oF). A temperatura global da superfície apenas para o oceano foi de 0,88oC (1,58o F) – a segunda mais alta já registrada. Apenas março-maio de 2024 era mais quente (+1,00oC / +1,80oC).
O período de março-maio é a primavera meteorológica para o hemisfério norte e outono no Hemisfério Sul. A primavera do Hemisfério Norte foi a segunda mais quente já registrada, com uma temperatura de 1,54oC (2,77oF) maior que a média. Este valor foi de 0,08oC (0,14oF) tímido de amarrar o recorde estabelecido na primavera de 2024. O outono do Hemisfério Sul também foi o segundo mais quente já registrado, com uma temperatura de 0,90oC (1,62oF) acima da média. O outono de 2024 foi mais quente a +0,92oC (+1,66oF).
O período de três meses de março-maio viu temperaturas generalizadas mais quentes do que a média em grande parte do globo. As partidas de temperatura mais altas, 2,0oC ou mais, foram observadas em porções significativas da Ásia e nas regiões ártica e antártica. As temperaturas recordes de março-maio foram especificamente observadas nas Ilhas Britânicas e no oceano circundante, bem como em partes do arquipélago ártico canadense, sul da Ásia e do Pacífico, índico, Atlântico e Oceanos Antárticos.
Em contraste, as temperaturas mais frias do que a média de março-maio estavam presentes em algumas áreas, incluindo partes do Oceano Atlântico Norte, índia, o Oceano Antártico ao largo da costa do sul da Argentina e Chile, e leste da Antártida. No entanto, nenhuma área terrestre ou oceânica teve temperaturas recordes de março-maiola.
A região do Ártico, a América do Norte, a América do Sul, a Europa, a África, a Ásia e a Oceania viram suas temperaturas de março-maio entre as cinco mais altas de março-maio já registradas. Notavelmente, a Europa, Ásia e Oceania tiveram seu segundo período mais quente de março-maio registrado. A região do Ártico teve sua terceira primavera mais quente. Embora a região antártica tenha experimentado um outono mais quente do que a média, sua temperatura de outono não se colocou dentro dos 10 primeiros outonos mais quentes já registrados.
Além disso, as regiões havaiana e caribenha também tinham uma primavera quente. A região havaiana experimentou sua segunda primavera mais quente já registrada, com uma temperatura de 1,02oC (1,84oF) maior que a média. Isso foi superado apenas na primavera de 2017, que foi de 0,08oC (0,14oF) maior que 2025. A temperatura da primavera para a região do Caribe empatou como a terceira mais quente já registrada.
Temperatura do Ano-Atualidade: Janeiro-Maio 2025
A temperatura média global da superfície para janeiro-maio de 2025 foi de 1,25oC (2,25oC) maior do que a média do século XX, resultando no segundo período mais quente desde que o recorde da NOAA começou em 1850 (176 anos). Isso foi 0,05oC (0,09oF) mais frio do que o recorde estabelecido no ano passado (janeiro-maio de 2024). A análise estatística dos cientistas do NCEI indica que 2025 é muito provável (caçar 99%) de se classificar entre os cinco anos mais quentes já registrados.
Durante janeiro-maio de 2025, grande parte das superfícies terrestres e oceânicas do mundo eram mais quentes do que a média. Temperaturas recordes foram observadas em todo o Arquipélago Ártico canadense e no oceano circundante, partes das Ilhas Britânicas e do oceano circundante, o Oceano Pacífico central e ocidental, o Oceano Indico, o sul da Austrália e pequenas áreas em toda a Ásia e Antártica Ocidental. Em contraste, a Antártica oriental experimentou condições mais frias do que a média durante este período de cinco meses.
O período de março-maio é a primavera meteorológica para o hemisfério norte e outono no Hemisfério Sul. A primavera do Hemisfério Norte foi a segunda mais quente já registrada, com uma temperatura de 1,54oC (2,77oF) maior que a média. Este valor foi de 0,08oC (0,14oF) tímido de amarrar o recorde estabelecido na primavera de 2024. O outono do Hemisfério Sul também foi o segundo mais quente já registrado, com uma temperatura de 0,90oC (1,62oF) acima da média. O outono de 2024 foi mais quente a +0,92oC (+1,66oF).
O período de três meses de março-maio viu temperaturas generalizadas mais quentes do que a média em grande parte do globo. As partidas de temperatura mais altas, 2,0oC ou mais, foram observadas em porções significativas da Ásia e nas regiões ártica e antártica. As temperaturas recordes de março-maio foram especificamente observadas nas Ilhas Britânicas e no oceano circundante, bem como em partes do arquipélago ártico canadense, sul da Ásia e do Pacífico, índico, Atlântico e Oceanos Antárticos.
Em contraste, as temperaturas mais frias do que a média de março-maio estavam presentes em algumas áreas, incluindo partes do Oceano Atlântico Norte, índia, o Oceano Antártico ao largo da costa do sul da Argentina e Chile, e leste da Antártida. No entanto, nenhuma área terrestre ou oceânica teve temperaturas recordes de março-maiola.
A região do Ártico, a América do Norte, a América do Sul, a Europa, a África, a Ásia e a Oceania viram suas temperaturas de março-maio entre as cinco mais altas de março-maio já registradas. Notavelmente, a Europa, Ásia e Oceania tiveram seu segundo período mais quente de março-maio registrado. A região do Ártico teve sua terceira primavera mais quente. Embora a região antártica tenha experimentado um outono mais quente do que a média, sua temperatura de outono não se colocou dentro dos 10 primeiros outonos mais quentes já registrados.
Além disso, as regiões havaiana e caribenha também tinham uma primavera quente. A região havaiana experimentou sua segunda primavera mais quente já registrada, com uma temperatura de 1,02oC (1,84oF) maior que a média. Isso foi superado apenas na primavera de 2017, que foi de 0,08oC (0,14oF) maior que 2025. A temperatura da primavera para a região do Caribe empatou como a terceira mais quente já registrada.
Temperatura do Ano-Atualidade: Janeiro-Maio 2025
A temperatura média global da superfície para janeiro-maio de 2025 foi de 1,25oC (2,25oC) maior do que a média do século XX, resultando no segundo período mais quente desde que o recorde da NOAA começou em 1850 (176 anos). Isso foi 0,05oC (0,09oF) mais frio do que o recorde estabelecido no ano passado (janeiro-maio de 2024). A análise estatística dos cientistas do NCEI indica que 2025 é muito provável (caçar 99%) de se classificar entre os cinco anos mais quentes já registrados.
Durante janeiro-maio de 2025, grande parte das superfícies terrestres e oceânicas do mundo eram mais quentes do que a média. Temperaturas recordes foram observadas em todo o Arquipélago Ártico canadense e no oceano circundante, partes das Ilhas Britânicas e do oceano circundante, o Oceano Pacífico central e ocidental, o Oceano Indico, o sul da Austrália e pequenas áreas em toda a Ásia e Antártica Ocidental. Em contraste, a Antártica oriental experimentou condições mais frias do que a média durante este período de cinco meses.
Precipitação
Os dados de precipitação da Rede Global de Climatologia Histórica (GHCN) são aumentados por dados com maior cobertura espacial do Global Precipitação Climatology Project (GPCP).
Maio
Os mapas mostrados abaixo representam anomalias de precipitação apenas
terrestres e porcentagem de precipitação normal baseada no conjunto de
dados GHCN de estações terrestres.
Pode ter visto padrões de precipitação variados em todo o mundo. Muitas regiões experimentaram condições mais secas do que a média, incluindo partes da América do Norte e do Sul, bem como do norte da Europa, sudoeste da Ásia, sul da Austrália e áreas na Rússia e na China. O sul do Alasca, o leste dos EUA, o norte e o sul da América do Sul, o norte e o sudeste da Austrália e partes generalizadas da Ásia tinham condições mais úmidas do que a média. Dados preliminares indicam que o globo de maio de 2025, aterrissado em média como um todo, teve o mês de maio mais chuvoso no registro histórico, que se estende de 1979 até o presente.
De acordo com dados preliminares do GPCP, a Ásia experimentou seu maio mais chuvoso já registrado, superando o recorde de maio de 2022. A África teve seu segundo maio mais úmido já registrado, após o recorde de 1991. A América do Sul registrou seu 10o maio mais chuvoso, enquanto as regiões do Caribe e do Havaí tiveram seu mês mais seco já registrado.
Fonte: NOAA
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