terça-feira, 24 de junho de 2014

# CALA A BOCA GALVÃO

Principal ícone da TV Globo, o narrador esportivo Galvão Bueno é o homem mais bem pago da televisão brasileira, com salário mensal de R$ 5 milhões. Mas, tal como o veículo que paga seu salário, está com o prestígio cada vez mais baixo. Criticar suas narrações virou febre entre os fãs do bom futebol. E a própria seleção brasileira optou por assistir os jogos da copa pela concorrente, a TV Band. O movimento #CalaABocaGalvão ganhou ainda mais força! O #ForaGlobo também!

Retirado de: http://jornalggn.com.br/noticia/os-grandes-micos-da-copa-do-mundo

quarta-feira, 4 de junho de 2014

METROVIÁRIOS DE SÃO PAULO ENTRAM EM GREVE NESTA QUINTA-FEIRA

   
Imagem: G1.globo.com
Em assembleia realizada nesta quarta-feira, os metroviários de São Paulo decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir da madrugada desta quinta-feira, dia 05 de junho. A paralisação começará à meia-noite. Conforme matéria publicada no G1, o Sindicato dos Metroviários afirma que adesão será total. No entanto, trens da CPTM e da Linha 4-Amarela irão operar normalmente. O anúncio da greve levou a prefeitura de São Paulo a suspender rodízio de veículos e o Plano de Atendimento entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência (Paese), da São Paulo Transporte (SPTrans), será acionado.

CONVENIÊNCIA DA ANTIÉTICA

    Me assusta como a conveniência faz as pessoas abandonarem a ética. Me assusta a capacidade que pessoas têm para, por interesses pessoais, taparem os olhos à realidade que os cercam. A capacidade que têm de, aproveitando-se da posição de credibilidade onde estão, utilizá-la para iludir os crédulos ou indoutos. Me assusta a capacidade que temos em por a injustiça vestida de justiça, de falsear a verdade. De vermos que tudo está indo bem quando tudo vai mal.

terça-feira, 3 de junho de 2014

COMEMORAR O QUE?

    A Copa do mundo 2014 já pode ser considerada um sucesso. Os lucros extraordinários da Fifa e da elite brasileira já estão garantidos! Mas a sociedade brasileira vai continuar como sempre esteve: abandonada na miséria e espoliada. Vai continuar excluída da cidadania. A elite tem motivos de sobra pra comemorar. Mas porque nós, os excluídos dos benefícios, temos que comemorar? Qual, apesar do discurso que tenta nos convencer, é o nosso benefício em tudo isso? Algumas horas de grito e êxtase, mas morrendo nas filas dos hospitais e sem educação? É muito pouco! Comemorar o que então!?

GOVERNO TEME GREVE NA COPA E CONCEDE AUMENTO À PF.

    O Governo Federal negociou acordo com agentes da Polícia Federal, concedendo reajuste salarial de 15,8%. O temor do governo era que houvesse uma greve da categoria durante a copa do mundo. Conforme matéria do jornal O Estadão, "A poucos dias do início da Copa do Mundo, o governo conseguiu um acordo com a Polícia Federal para evitar um greve da categoria durante os jogos. O Palácio do Planalto acertou um aumento salarial de 15,8% para agentes policiais, escrivães e papiloscopistas. Será repassado 12% agora e 3,8% em janeiro. A correção salarial terá um impacto de R$ 376 milhões na folha de pagamento da União até janeiro, segundo a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), entidade que representa mais de dez mil servidores."
    Não nego que a categoria dos policiais federais é digna do reajuste, mas é tão digna quanto as outras categorias, para as quais o governo da a devida importância. Categorias que prestam serviço a população, como saúde e educação, não têm importância para o governo, mas as que são fundamentais para a viabilização do negócio da copa, e seus lucros extraordinários, há sim, essas têm que ser controladas. Uma coisa, no entanto, tem que ser dita em época de eleição: não quero dizer que isso seja privilégio só do governo do PT, pelo contrário, num governo tucano a situação seria ainda pior! Na realidade, são governos que não representam os anseios e necessidades da população brasileira.    

domingo, 1 de junho de 2014

A POBREZA DA RIQUEZA

Reproduzo aqui texto de autoria do Senador Cristóvam Buarque, que dispensa comentários.

Por Cristóvam Buarque

   "Em nenhum outro país os ricos demonstram mais ostentação que no Brasil. Apesar disso, os brasileiros ricos são pobres. São pobres porque compram sofisticados automóveis importados, com todos os exagerados equipamentos da modernidade, mas ficam horas engarrafados ao lado dos ônibus de subúrbio. E, às vezes, são assaltados, seqüestrados ou mortos nos sinais de trânsito. Presenteiam belos carros a seus filhos e não voltam a dormir tranqüilos enquanto eles não chegam em casa. Pagam fortunas para construir modernas mansões, desenhadas por arquitetos de renome, e são obrigados a escondê-las atrás de muralhas, como se vivessem nos tempos dos castelos medievais, dependendo de guardas que se revezam em turnos.
   Os ricos brasileiros usufruem privadamente tudo o que a riqueza lhes oferece, mas vivem encalacrados na pobreza social. Na sexta-feira, saem de noite para jantar em restaurantes tão caros que os ricos da Europa não conseguiriam freqüentar, mas perdem o apetite diante da pobreza que ali por perto arregala os olhos pedindo um pouco de pão; ou são obrigados a restaurantes fechados, cercados e protegidos por policiais privados. Quando terminam de comer escondidos, são obrigados a tomar o carro à porta, trazido por um manobrista, sem o prazer de caminhar pela rua, ir a um cinema ou teatro, depois continuar até um bar para conversar sobre o que viram. Mesmo assim, não é raro que o pobre rico seja assaltado antes de terminar o jantar, ou depois, na estrada a caminho de casa. Felizmente isso nem sempre acontece, mas certamente, a viagem é um susto durante todo o caminho. E, às vezes, o sobressalto continua, mesmo dentro de casa.
   Os ricos brasileiros são pobres de tanto medo. Por mais riquezas que acumulem no presente, são pobres na falta de segurança para usufruir o patrimônio no futuro. E vivem no susto permanente diante das incertezas em que os filhos crescerão. Os ricos brasileiros continuam pobres de tanto gastar dinheiro apenas para corrigir os desacertos criados pela desigualdade que suas riquezas provocam: em insegurança e ineficiência.
   No lugar de usufruir tudo aquilo com que gastam, uma parte considerável do dinheiro nada adquire, serve apenas para evitar perdas. Por causa da pobreza ao redor, os brasileiros ricos vivem um paradoxo: para ficarem mais ricos têm de perder dinheiro, gastando cada vez mais apenas para se proteger da realidade hostil e ineficiente.
   Quando viajam ao exterior, os ricos sabem que no hotel onde se hospedarão serão vistos como assassinos de crianças na Candelária, destruidores da Floresta Amazônica, usurpadores da maior concentração de renda do planeta, portadores de malária, de dengue e de verminoses. São ricos empobrecidos pela vergonha que sentem ao serem vistos pelos olhos estrangeiros.
   Na verdade, a maior pobreza dos ricos brasileiros está na incapacidade de verem a riqueza que há nos pobres. Foi esta pobreza de visão que impediu os ricos brasileiros de perceberem, cem anos atrás, a riqueza que havia nos braços dos escravos libertos se lhes fosse dado direito de trabalhar a imensa quantidade de terra ociosa de que o país dispunha. Se tivesse percebido essa riqueza e libertado a terra junto com os escravos, os ricos brasileiros teriam abolido a pobreza que os acompanha ao longo de mais de um século. Se os latifúndios tivessem sido colocados à disposição dos braços dos ex-escravos, a riqueza criada teria chegado aos ricos de hoje, que viveriam em cidades sem o peso da imigração descontrolada e com uma população sem miséria.
   A pobreza de visão dos ricos impediu também de verem a riqueza que há na cabeça de um povo educado. Ao longo de toda a nossa história, os nossos ricos abandonaram a educação do povo, desviaram os recursos para criar a riqueza que seria só deles, e ficaram pobres: contratam trabalhadores com baixa produtividade, investem em modernos equipamentos e não encontram quem os saiba manejar, vivem rodeados de compatriotas que não sabem ler o mundo ao redor, não sabem mudar o mundo, não sabem construir um novo país que beneficie a todos. Muito mais ricos seriam os ricos se vivessem em uma sociedade onde todos fossem educados.
   Para poderem usar os seus caros automóveis, os ricos construíram viadutos com dinheiro de colocar água e esgoto nas cidades, achando que, ao comprar água mineral, se protegiam das doenças dos pobres. Esqueceram-se de que precisam desses pobres e não podem contar com eles todos os dias e com toda saúde, porque eles (os pobres) vivem sem água e sem esgoto. Montam modernos hospitais, mas tem dificuldades em evitar infecções porque os pobres trazem de casa os germes que os contaminam. Com a pobreza de achar que poderiam ficar ricos sozinhos, construíram um país doente e vivem no meio da doença.
   Há um grave quadro de pobreza entre os ricos brasileiros. E esta pobreza é tão grave que a maior parte deles não percebe. Por isso a pobreza de espírito tem sido o maior inspirador das decisões governamentais das pobres ricas elites brasileiras.
   Se percebessem a riqueza potencial que há nos braços e nos cérebros dos pobres, os ricos brasileiros poderiam reorientar o modelo de desenvolvimento em direção aos interesses de nossas massas populares. Liberariam a terra para os trabalhadores rurais, realizariam um programa de construção de casas e implantação de redes de água e esgoto, contratariam centenas de milhares de professores e colocariam o povo para produzir para o próprio povo. Esta seria uma decisão que enriqueceria o Brasil inteiro - os pobres que sairiam da pobreza e os ricos que sairiam da vergonha, da insegurança e da insensatez.

   Mas isso é esperar demais. Os ricos são tão pobres que não percebem a triste pobreza em que usufruem suas malditas riquezas".

sábado, 3 de maio de 2014

VEJA NUNCA MAIS!

   Fui assinante da revista Veja, uma dos vários periódicos do reacionário grupo Abril, por um bom tempo. Minha ideia era a de tentar me manter informado. Pura ilusão! Constatei empiricamente o que já sabia: Veja, e todo o grupo Abril, é uma das revistas mais reacionárias que já vi! Suas matérias não informam ninguém, mas são somente a pregação da visão de mundo distorcida que tem a minoria privilegiada deste país. O geógrafo Milton Santos disse em um de seus textos que numa sociedade complexa como essa em que vivemos, só vamos saber dos acontecimentos na rua ao lado dois dias depois, mediante uma interpretação marcada pelos humores, visões, preconceitos e interesses das agências de mídia. O evento é entregue maquiado ao leitor, ouvinte ou telespectador. Sendo também por isso que se produzem no mundo de hoje, simultaneamente, fábulas e mitos ( Santos, 2003 pág. 40 apud Nora, 1974). Resumindo, nunca mais assino Veja!

OS DESAFIOS PARA A ESQUERDA.

 

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