sexta-feira, 7 de maio de 2021

CHACINA NA COMUNIDADE DO JACAREZINHO: A QUEM O ESTADO BRASILEIRO SERVE?


Imagem: O Globo.
Subiu hoje para 28 mortos decorrentes da desastrada operação da polícia do Rio de Janeiro, ocorrida na comunidade do Jacarezinho. Destaca-se que, dos 28 mortos, 27 são civis! O jornalista Fernando Molica, da CNN, trouxe, hoje, uma informação que pode ajudar a aclarar os motivos que justificam a chacina: Segundo Molica, um agente policial teria sido morto logo no início da ação, o que traz a ideia de que a letalidade não tenha sido resultado de uma ação que tenha fugido do controle, mas o resultado direto de uma ação deliberada, motivada por puro sentimento de vingança! Hoje, o ministro do STF, Edson Fachin, afirmou que a ação da polícia teve claros indícios de execução. Já é por demais sabido as formas diferentes com que se dão a presença do Estado nas comunidades populares. Hoje, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, afirmou que não se pode limitar a presença do Estado nas comunidades, numa crítica à decisão do STF, que limitou a ocorrência de operações policiais durante a pandemia. O problema é que, historicamente, a única forma de presença do Estado que estas comunidades têm conhecido é a ação da polícia. Ou seja, é a face repressiva do Estado. Presença do Estado por meio de seus diversos órgãos de promoção social, nenhuma! Numa sociedade tremendamente desigual, estas mesmas comunidades sempre representaram a parcela mais abandonada da população, o que se reflete na completa falta de infraestrutura de seus territórios. 

Mas, a despeito das considerações acima, há uma pergunta fundamental que precisa ser feita, e, mais ainda, que precisa de respostas: considerando que essas ações policiais são justificadas como forma de combate à criminalidade, notadamente o tráfico de drogas, afinal, a quem interessa essa forma de combate às chamadas drogas ilícitas?     

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