quarta-feira, 9 de setembro de 2009

TODA FARINHA PRO MEU PIRÃO.


O Brasil é um país que tem uma situação social bem definida: À maioria da população cabe somente o direito (obrigação?)de trabalhar, e, à uma minoria privilegiada, o "fardo" de receber a riqueza produzida. É como se o feudalismo, com sua relação social característica entre senhor e servo, que vigorou até aproximadamente a primeira metade do século XVIII, se mesclasse no Brasil com algumas práticas capitalistas.
Há anos que ouvimos as elites encasteladas no poder dizerem que é preciso o "bolo" crescer para depois reparti-lo, mas não especificam que tamanho ele tem que ter para se repartir. Continuamos a ser um dos países com a mais despudorada distribuição de renda do planeta, a ponto de, aproximadamente, 10 por cento dos mais ricos reterem quase que a totalidade da renda produzida no Brasil. Em uma sociedade com distorções iguais às por aqui encontradas, com milhares de pessoas que vivem abaixo da ja baixa linha de pobreza e onde a tão funesta globalização produz situações inusitadas, de condomínios de luxo convivendo lado a lado com bolsões de miséria, é impossível não estourar, ainda que a mídia tente mascarar, em violência urbana e social. Segundo matéria publicada no jornal O globo, de 09 de setembro de 2009, na seção "Opinião", a criminalidade aumentou em seis dos nove maiores centros urbanos da região nordeste nos últimos anos, mesmo sendo registrado crescimento econômico superior à média nacional. A matéria conclui, beirando o sinismo, não haver relação entre situação sócio-econômica e violência. A receita para se conter a criminalidade, segundo a matéria, se resume puramente na unificação das polícias, na reforma das leis penais e, claro, na construção de presídios. Estão enclausurando os filhos dos trabalhadores deste país.
Quantos presídios teremos que construir para que os senhores feudais brasileiros possam viver em paz?

FOTO:http://www.conecteeducacao.com

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OS DESAFIOS PARA A ESQUERDA.

 

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